Monza cada vez mais brasileira
- Beatriz Barbosa
- 1 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Monza é uma das pistas mais tradicionais do calendário. A casa da Ferrari pulsa automobilismo. No verde, branco e vermelho da bandeira italiana, Monza é velocidade.

Em um intervalo de exatos 348 dias, Monza também consagrou duas promessas do automobilismo brasileiro. Em 2022, Felipe Drugovich sagrou-se campeão da Fórmula 2. Em 2023, foi a vez de Gabriel Bortoleto triunfar. Ambos pioneiros em suas conquistas.
Drugo e Borto, como são chamados pelas redes sociais, ajudaram a acender uma chama que estava quase apagada. Com eles, o Brasil voltou a aparecer no caminho da Fórmula 1. A jornada é longa e apenas alguns passos foram dados, mas a expectativa é grande.
Para quem não acompanha a base, o nome de Gabriel Bortoleto poderia ser desconhecido, agora não é mais. Primeiro brasileiro campeão da Fórmula 3. Campeão no ano de estreia. Líder desde a primeira rodada.
Que ano para o paulista, no momento em que se aproxima do paddock da Fórmula 1, se apresenta para o mundo. Com apenas 18 anos, Bortoleto deixa seu recado: estou aqui!
O próximo passo é a Fórmula 2, essa que já está em seu radar e o primeiro teste deve ocorrer em breve.
O fato do Brasil voltar a investir no automobilismo é um sopro para os próximos anos, para as próximas histórias. Com esse gancho, peço licença para você, leitor. Gosto de conversar diretamente com vocês e esse é um desses momentos.
Pela manhã, enquanto acompanhava a classificação da Fórmula 3, divagava sobre as duas últimas temporadas e me senti grata por poder ter acompanhado e ajudado a contar essas histórias. Feliz, por a minha maneira, ter narrado para vocês esses dois títulos tão importantes para a nossa história no automobilismo.
Quando a classificação foi encerrada e Oliver Goethe conquistou a pole position, permiti que algumas lágrimas caíssem. Foi assim em 2022. Eu estava orgulhosa de mais uma conquista. De ver onde Gabriel havia chegado.
Por vezes, eu me questiono: Por que estou aqui? Por que acordar às 3h de um domingo? A resposta é óbvia: porquê a jornada vale a pena quando vivemos momentos assim. Ainda há duas madrugadas para brigar contra o despertador, mas sempre vale a pena.
Mal posso esperar para compartilhar com vocês o próximo capítulo dessa jornada caótica chamada de Fórmula 3, enquanto isso, temos outra história pendente, afinal, a Fórmula 2 é logo ali!
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