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A ascensão do fenômeno Antonelli

  • Foto do escritor: Beatriz Barbosa
    Beatriz Barbosa
  • 16 de out. de 2023
  • 3 min de leitura

Há meses o nome de Andrea Kimi Antonelli é o centro de rumores. Considerado um dos, senão o principal, nomes da base do automobilismo, o italiano de 17 anos ganhou destaque por suas performances dominates.



Kimi Antonelli após o título da FRECA. Foto/ Reprodução: PREMA
Kimi Antonelli após o título da FRECA. Foto/ Reprodução: PREMA


Para além do talento nas pistas, Antonelli também se destacou após o rumor de que ele saltaria da FRECA direto para a Fórmula 2 ganhar força. Um salto ousado por parte da Mercedes -equipe na qual o piloto integra o quadro do programa de desenvolvimento de pilotos desde 2019 - e do próprio piloto.


Se voltarmos no tempo, exatamente para setembro de 2022, quando a Fórmula 3 se encaminhava para seus testes pós-temporada, muitos esperavam o nome de Antonelli na lista de participantes, mas isso não aconteceu.


No início do ano, o pai do piloto confirmou que não estavam dispostos a pular etapas na carreira de Antonelli, por isso a escolha pela FRECA ao invés de Fórmula 3 em 2023. Um passo compreensível e importante para o desenvolvimento do italiano.


Porém, novos testes pós-temporada da F3 chegaram e mais uma vez o nome de Antonelli não esteve na lista, aumentando os rumores de uma ida direta para a F2. O que mudou em um ano para que um passo tão grande fosse dado?


Apesar de nenhuma informação oficial que indique esse caminho, alguns fatores devem ser considerados para o entendimento dessa situação. O primeiro deles é a atual dupla de pilotos da Mercedes na Fórmula 1.


Recentemente, Hamilton e Russell renovaram seus contratos até 2025. Ano após ano, boatos sobre a aposentadoria do hepta campeão são levantados e após 16 anos de categoria, é comum que a hipótese seja elevada com mais frequência.


Desde 2019, a Mercedes vem preparando George Russell para o futuro da equipe, atualmente, os alemães não tem um piloto em "preparação" na Fórmula 1. Apesar de Frederik Vesti e Paul Aron também estarem na academia da equipe, não parece que ambos façam parte dos planos para o futuro na F1.


Com isso, sobrou o fenômeno Antonelli, que em dois anos, venceu cinco títulos -F4 ADAC e F4 Italiana, Ouro nos jogos de automobilismo da FIA (2022), Fórmula Regional do Oriente Médio e FRECA (2023)- os números, a velocidade e habilidade mostrados em pista quando somados, colocam o italiano em uma alta prateleira.


O segundo fator é o novo carro da Fórmula 2. A partir de 2024, a categoria entra em um novo regulamento técnico que aproxima os carros aos da F1. O salto da FRECA para a F2 realmente é enorme, porém há uma vantagem clara nisso: todos os pilotos estarão tendo seu primeiro contato com o carro, tanto rookies como veteranos.


É inegável o fato de que pular etapas no road to F1 é arriscado, porém não é inédito. O maior exemplo recente é o atual tricampeão do mundo: Max Verstappen, que foi direto da F3 para a F1.


Apesar de arriscado, Antonelli tem todo o suporte necessário para enfrentar esse desafio e se os rumores se confirmarem, os planos da Mercedes são de dois anos de F2 para o italiano, um ano para se adaptar e outro para brigar pelo título, coincidentemente, um prazo que se estende até o fim do contrato da atual dupla da Fórmula 1.


No último domingo (15), Antonelli conquistou antecipadamente o título da FRECA, em uma corrida onde ele largou de oitavo e precisou driblar a péssima condição da pista devido a chuva. Mais uma mostra do porquê ele é considerado um fenômeno. Para o Formula Scout, um funcionário da Mercedes confirmou os planos de não disputar a F3.


Talento e suporte ele têm, visto isso, por que não arriscar?

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